INFORMATIVO DUNAMIS DE ABRIL DE 2008 Nº 13
Nestas últimas semanas, o Brasil parou para acompanhar o misterioso e bárbaro caso da morte de Isabela de O. Nardoni, de 5 anos.
Pouparei mais detalhes deste caso, pois já temos conhecimento de como foi a morte da criança (exaustivamente comentada na mídia nacional), só não sabemos ainda, quem realmente de fato cometeu este horrível crime.
Pouparei mais detalhes deste caso, pois já temos conhecimento de como foi a morte da criança (exaustivamente comentada na mídia nacional), só não sabemos ainda, quem realmente de fato cometeu este horrível crime.
O que ouvimos e lemos, diariamente, são notícias assustadoras de inúmeros casos de iniqüidade cometidos pela raça humana. São crimes diversos e não precisaríamos ir muito longe para presenciarmos, muitos destes crimes ocorrem em nossa cidade, nosso bairro, nossa família e são expostos na mídia televisa, radiofônica ou escrita.
A iniqüidade ou a perversidade está em alta, vivemos uma espécie de calamidade pública, não estamos satisfeitos, nem seguros ou tranqüilos com este estranho e incontido comportamento humano. A palavra irreversível está no ar, nos discursos, nas notícias.
A CORRUPÇÃO PARECE IRREVERSÍVEL
Li, numa revista, uma análise sobre a “Corrupção Nacional”, escrita por um médico, professor da Universidade de Brasília. Segundo ele: “A sociedade brasileira está gravemente enferma. Seus órgãos padecem de corrupção, que corrói como o poder devastador da gangrena. Suas funções estruturantes perverteram-se no caos das disputas de privilégios. A injustiça campeia como micróbio resistente que lhes contamina as entranhas. As discriminações sociais, raciais e econômicas aparecem em seu corpo deformado como chagas profundas, em incessante progressão. O país recusa-se a olhar no espelho. Rejeita o diagnóstico que emerge dos sintomas de sua própria realidade.”
Diga-se, de passagem, que a corrupção não é só um privilégio dos brasileiros, e sim de todos.
A LICENCIOSIDADE PARECE IRREVERSÍVEL
Antes havia prostituição e adultério disfarçados. O homossexualismo estava escondido dentro do armário. O casamento era mantido a qualquer preço, mesmo na aparência. As práticas pornográficas eram feitas às escondidas.
Hoje, meninos e meninas praticam o amor 'livre', se necessário, na casa dos pais, sob permissão (ou conselho?) do pai ou da mãe. Homens casados ou solteiros procuram os muitos motéis nos arredores das cidades onde moram para se encontrar com mulheres casadas ou solteiras. Separa-se e divorcia-se quantas vezes a relação perder o sabor. Aborta-se a criança que está sendo gerada a contragosto, para esconder a relação extraconjugal ou para deixar o casal livre para viver a vida que deseja levar.
Eu poderia mencionar várias práticas desta revolução sexual, como pedofilia, poligamia, casamentos entre pessoas do mesmo sexo, escândalos sexuais cometidos por políticos, religiosos, que a sociedade moderna tolera (ou não se importa), e que estão sendo ensinados nas novela das “oito” e depois do telejornal do meio-dia, além dos horários que os nossos filhos são “doutrinados”, enquanto estamos trabalhando e deixando o ensinamento moral e ético a cargo das “babás-eletrônicas”.
A PAIXÃO PELO DINHEIRO PARECE IRREVERSÍVEL
A persistente idéia de que o dinheiro gera sensação de segurança e bem-estar invade todas as mentes, mesmo depois de todos os estudos contrários, elaborados por especialistas no assunto. Um deles é o conhecido economista brasileiro Eduardo Gianetti da Fonseca: “A máxima de que o dinheiro traz felicidade é falsa.” Gianetti cita uma pesquisa feita com ganhadores de 500 mil dólares nos EUA. Segundo ele, “passado o nível de euforia, a sensação de bem-estar volta ao seu estado normal, e depois até cai.” (Jornal do Brasil, 31/12/06, E2).
De geração à geração, todos desprezam as experiências e os conselhos de Salomão, em cerca de 950 a.C.: “Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos.” (Ec 5.10). “Tudo é ilusão, tudo é como correr atrás do vento” (ou “vão e frustrante”, como traduz a Bíblia Hebraica), na opinião do sábio (Ec 2.26, NTLH). O grande problema é que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6.10).
Poderei mencionar vários itens que parecem irreversíveis como o narcotráfico, as guerras em nome de deus (d minúsculo), a degradação do meio ambiente, o aumento do ateísmo mundial, o aumento de adeptos de religiões esotéricas, a desigualdade social etc.
Pode parecer atual para muitos este aumento das iniqüidades, a proliferação do pecado, da maldade, mas este processo é histórico. O apóstolo Paulo dá a seguinte explicação à igreja dos tessalonicenses: “A verdade é que o mistério da iniqüidade já está em ação..” (2Ts 2.7).
Vivemos em guerra há muito tempo (em proporções menores), e com a modernidade é que vemos, em audiência constante, o Ibope da perversidade em alta.
“Porei inimizade entre ti [a serpente] e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta [a semente da mulher] te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15 - NTLH).
Você pode até questionar-se acerca de tanta maldade no mundo: “De onde veio esta perversidade tamanha e onde está Deus para impedir isto?” Todavia, as Escrituras deixam claro que Deus não criou o mundo no estado em que se encontra agora, mas o mal veio como resultado do egoísmo do homem. A Bíblia diz que Deus é um Deus de amor e Ele desejou criar uma pessoa e consequentemente uma raça que O amasse. Mas o amor genuíno não pode existir, a menos que dado livremente através da livre escolha e vontade, e assim foi dada ao homem a escolha de aceitar ou rejeitar o amor de Deus. Esta escolha criou a possibilidade do mal se tornar muito real. Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, eles não escolheram algo que Deus criou, mas por sua escolha, eles trouxeram o mal para dentro do mundo.
A graça irresistível de Deus pode nos resgatar do poder aparentemente irresistível das trevas e nos transportar para o Reino do Seu Filho amado (Cl 1.13).
É preciso ter sempre em mente aquela explicação dada por Jesus na Parábola do Joio, depois da semeadura da boa semente, “enquanto todos dormiam, veio o inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi” (Mt 13.25). Nesse e em muitos outros discursos, Jesus se refere aos bastidores da iniqüidade o lado encoberto da maldade humana. O ministério da iniqüidade - serve-se de homens e mulheres que são como “belos túmulos cheios de ossos de pessoas mortas, de podridão e sujeira” (Mt 23.27).
“A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará; mas quem ficar firme até o fim será salvo” (Mt 24.10-13).
Diante do progresso e da ousadia da mega-apostasia, o conselho de Pedro é bastante oportuno: “Sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. Cresçam, porém, na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.” (2Pe 3.17-18).
AUTOR: Marcos Aurélio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADICIONAIS:
GEISLER, Norman. The Roots of Evil. Zondervan Probe Ministries, 1978.
REVISTA ULTIMATO. ANO XL Nº 309 - Nov-Dez 2007
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