10 de ago. de 2008

O LEÃO DE JUDÁ, O MESSIAS DIVINO

TEXTO MATÉRIA DE
CAPA DO
INFORMATIVO DUNAMIS
DE JULHO DE 2008 Nº 16

A palavra Messias é de origem hebraica e significa Ungido. Os gregos a traduziram por Christos. Segundo o dicionário Aurélio, Messias significa: Enviado de Deus, Redentor, Reformador social. Com estas informações em mãos temos material para elaborarmos várias perguntas, como por exemplo: Por que Deus enviaria um Messias à Terra? Por que precisaríamos de um Redentor, de um Reformador social?

"A quem enviarei e quem irá por nós?" (Is 6.8). Neste versículo do sexto capítulo do livro do profeta Isaías, encontramos, as respostas para as perguntas que foram formuladas. Era o clamor do coração do Pai quando anteviu e deparou com o complexo problema do pecado e da vergonha humana; um problema aparentemente incapaz de ser resolvido por causa de uma humanidade "perversa".

A resposta ao problema não era a destruição dos homens, embora, já tivesse ocorrido. Se não fosse pelo amor de Deus, aquela teria sido uma solução simples. A resposta seria a reconciliação dos homens, trazê-los de volta ao plano e propósito originais de Deus, em eterna união com Ele. O profeta Zacarias enfatizou a surpreendente revelação de que Deus iria viver entre o povo judeu: "Canta e exulta, ó filha de Sião, porque eis que venho, e habitarei no meio de ti, diz o Senhor.” (Zc 2.10), descortinando, assim, o início do plano de Deus para a reconciliação da humanidade, já que cada vez mais o homem se distanciava do Senhor por causa das suas iniqüidades: "...as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e o vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça." - Is 59.2.

A vinda do Messias se fizera necessário, a humanidade era escrava do pecado e precisava urgentemente de um salvador, assim como Moisés libertou os israelitas da escravidão de Faraó a humanidade necessitava deste Redentor. Mas de onde ele viria? "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade de entre seus pés, até que venha Siló, e a ele obedecerão os povos." Gn 49.10. Conforme este versículo messiânico, o Messias descenderia da tribo de Judá, cujo trono já pertenceu ao Rei Davi. O Messias era genuinamente descendente direto do Rei, legitimando assim as profecias de Isaías 9.7.

Jesus é o Messias que os profetas do Velho Testamento anunciavam que haveria de vir. Jesus Cristo, o Messias, o Ungido. "O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" - Jo 1.29. Enviado pelo Pai, veio em nome do Pai, para pregar o arrependimento, a remissão dos pecados, a libertação, o Reino de Deus, dando a salvação eterna aos perdidos. Trouxe vida e esperança a todos aqueles que O aceitaram. Deu testemunho da verdade e da justiça divina. O Messias foi feito pecado por nós. A história real de como aquele que não tinha pecado foi feito pecado por nós, de como o Cordeiro de Deus se tornou, naquelas terríveis horas, a "serpente levantada" (2Co 5.21; Jo 1.29; Jo 3.14), nunca poderá ser contada. Tudo o que temos são indícios que revelam profundezas impenetráveis de angústia e sofrimento. Vemos os atos; observamos a humilhação, a tortura, o escárnio.

Ouvimos Suas palavras e Seu clamor; vemos Suas reações, a dor física e a morte. Assistimos a tudo e estamos cientes de que esta é uma parte mínima da história. Porque os sofrimentos físicos do Messias não foram os reais sofrimentos pelos quais passou. Eram apenas indícios exteriores de uma infinita e inexprimível dor. Seu verdadeiro serviço foi oferecido e realizado no domínio do invisível.

O Redentor esteve entre nós e muitos não O aceitaram, hoje em dia não o conhecem, ou melhor, não ouviram falar dEle, que está presente entre nós em espírito e nos concede a liberdade de estar ou não com Ele. E o plano da reconciliação entre o homem e Deus está em pleno vigor, foram concretizadas as profecias do 1º advento do Messias e a humanidade tem livre acesso a Deus, sendo Jesus o Mediador de tal aliança.

As profecias referidas sobre a primeira vinda do Messias, se referiam ao Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo, que nasceria de uma virgem (Is 7.14). Mas há profecias que se referem ao 2º advento e é nelas que consta que o Messias Divino é o Leão da tribo de Judá que “venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Ap. 5.5), tendo uma coroa de ouro (Ap 14.14) e não mais uma de espinho, não mais com um cajado de bom pastor e sim uma foice afiada (Ap 14.14).

Não poucas vezes, Jesus mesmo avisa que virá outra vez. Numa delas Ele explica: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e todas as nações da Terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória” (Mt 24.30). A promessa mais enfática a respeito da volta do Senhor foi proferida por dois anjos no momento da ascensão de Jesus: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir.” (At 1.11). O único texto que menciona o número ordinal para se referir à parousia (volta gloriosa de Jesus Cristo) está na carta aos Hebreus: “[Cristo] aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.” (Hb 9.28).

A igreja (nós cristãos) é qual noiva à espera do noivo (Cristo). De repente, ela ouvirá um grito: “O noivo se aproxima! Saiam para encontrá-lo.” (Mt 25.6). Enquanto Ele não chega, oremos assim “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).

Autor: Marcos Aurélio
Fonte de pesquisa: Bíblia Sagrada, Ed. Vida e revista Ultimato nº 271.

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